São limitados os factores de risco das lesões oncológicas e hoje atribui-se ao peso á nascença , ao exercício físico , á alimentação saudável as medidas preventivas mais importantes no combate a esta doença.
A chave assenta na possibilidade de diagnosticar uma lesão no seu estádio inicial, sabendo que esta uma vez iniciada demora anos a manifestar-se.
A célula maligna mamária na sua multiplicação até ser detectada pelos diferentes meios de diagnostico ao nosso alcance, pode levar anos e ainda mais , até ser clinicamente detectada. Há inúmeros cancros da mama diferentes sob o ponto de vista histológicos e de estrutura molecular condicionando comportamentos diferentes obrigando a atitudes terapêuticas igualmente diferentes.
É contudo no DIAGNÓSTICO PRECOCE que é possível detectar uma lesão numa fase inicial permitindo uma terapêutica na grande maioria cirúrgica mais eficaz, menos agressiva e com melhor prognóstico.
É ainda hoje a mamografia o método ideal no diagnóstico do cancro da mama em mulheres depois dos 40 anos.
A mamografia estuda a anatomia mamária e ocasionalmente uma alteração de um processo patológico .A sua imagem resulta da conjugação da estrutura glandular ( ductos e acinos) com imagens de densidade nodular e linear,do tecido conjuntivo com imagens de densidade estrutural homogénea e do tecido lipomatoso ( gordura) com imagens de áreas radio- transparentes.
A observação clínica da paciente pelo médico Radiologista deverá anteceder á realização do exame mamográfico .Este método tem também os seus falsos positivos e negativos nomeadamente nas mamas densas e nas imagens multinodulares pelo que deverá ser combinado com o estudo ecográfico .Este não está limitado pela densidade mamária ,permite caraterização matricial de massas palpáveis, ou massas clinicamente ocultas e detectadas por mamografias ,permite a caracterização de massas sólidas ou líquidas,tem maior sensibilidade que a mamografia no diagnóstico do carcinoma ducal invasivos e no carcinoma lobular , mas uma fraca sensibilidade no carcinoma in situ ou no estudo das microcalcificações onde a mamografia é o método ideal.
Os dois métodos completam-se quando combinados atingem uma sensibilidade de 97% e um valor preditivo negativo de 98,6%
A mamografia sofreu uma profunda transformação nestes últimos anos que tivemos a possibilidade em acompanhar:
Em 1973 o nosso estudo mamário:
Xeroradiografia
Teletermografia
Em 1984 o nosso estudo mamário:
Mamografia analógica
Teletermografia
Em 1900 o nosso estudo mamário:
Mamografia analógica
Ecografia mamária
Intervenções mamárias
Em 2000 o nosso estudo mamário:
Mamografia Digital Direta (1ª em Portugal)
Ecografia mamária
Intervenção mamária mesa dedicada (1ª em Portugal)
Em 2005 o nosso estudo mamário:
Mamografia Digital Direto
Ecografia mamário com Doppler
Intervenção mamária mesa dedicada
Ressonância Magnética 1,5 Tesla
Em.2013 o nosso estudo. Mamário:
Mamografia Digital Direta com Tomossintese 2D e 3 D
Ecografia com Doppler
Intervenção mamária mesa dedicada
Ressonância Magnética
A revolução nestes últimos anos nos equipamentos de mamografia inicialmente digital agora digital com tomossintese veio permitir visualizar estruturas mais pequenas ,diferenciar estruturas semelhantes, principalmente nos seios mais densos visualizar melhor as microcalcificações,as massas possibilitando um Diagnóstico mais Precoce factor decisivo na terapêutica a instituir .
Podemos dizer que a mamografia detecta uma lesão confirmada pela ecografia. Mas não basta, torna-se indispensável fazer o seu estadiamento local e loco regional e o melhor método para o fazer é sem dúvida a Ressonância Magnética com contraste magnético.
Perceba aqui a importância da Ressonância Magnética no diagnóstico e estadiamento do cancro da mama.
Só o DIAGNÓSTICO PRECOCE COMBINADO COM ESTADIAMENTO E CARACTERIZAÇÃO HISTOLÓGICA DO CANCRO DA MAMA permitirá atingir o principal fim em vista isto é a CURA E TERAPÊUTICAS MENOS AGRESSIVAS.